terça-feira, 3 de novembro de 2015

RPG de Mesa x Jogos Eletrônicos

     Com o avanço dos jogos eletrônicos e a vida cheia de correria que levamos, torna-se cada vez mais difícil reunir-se com os amigos pra jogar aquele RPG de mesa com papel, caneta e muitos dados. Ou por outro lado, fica bem mais difícil atrair jogadores pra um RPG de mesa, quando o candidato a jogador pode simplesmente sentado em casa, baixar um bom MMORPG e jogar com facilidade, sem precisar ler livros e gastar horas montando ficha.
     Nesse post eu pretendo mostrar as vantagens de se jogar RPG de Mesa, mesmo existindo essa gama de jogo eletrônicos de hoje em dia. Em resumo, a pergunta que será respondida é: POR QUE AINDA VALE A PENA JOGAR RPG DE MESA ?
     Pra quem é fã e sempre gostou de jogar RPG, a pergunta parece óbvia e parece não existir motivo pra não jogar RPG. Mas vendo pelo lado de quem nunca jogou RPG e já partiu pros jogos eletrônicos, parece tolice jogar um jogo no qual você vai gastar um bom tempo lendo um ou mais livros, depois horas preparando seu personagem e talvez quando o jogo começar você jogue horas sem ter nenhum combate, só conversas e interpretações.


O QUE É RPG?

     RPG, ou RPG de Mesa,  é a sigla em inglês para Role-Playing Game (jogo de interpretação de papéis ou jogo de representações) e é um estilo de jogo que consiste em interpretações de papéis, onde a narrativa é colaborativa, ou seja, o que cada participante adicionar a narrativa ou as atitudes que eles tomarem, será levada em conta para o avanço do jogo. O sistema de jogo pode mudar de acordo com o livro de regras adotado (3D&T, D&D, DungeonWorld, Fiasco, etc...), mas geralmente consiste em: um mestre que vai "gerenciar" o jogo e coordenar a narrativa, ele que vai pensar na narrativa principal (que será alterada aos poucos pelos jogadores), vai jogar com os NPC's (os inimigos dos jogadores ou personagens que vão interagir com os jogadores) e recompensar os jogadores; e os jogadores que vão criar seus personagens e interpretá-los. O número de jogadores pode variar muito, de 1 a infinitos, desde que não atrapalhe o andamento do jogo. Independente do sistema, costumam-se utilizar dados para determinar o sucesso ou falha de determinadas ações, como escalar, pular, atacar, negociar, etc...
     Bem, isso foi um resumo do resumo do que realmente é um RPG, só pra contextualizar. Alguém pode ter lido e pensado: " Pelo resumo, não passa de um jogo igual as eletrônicos de hoje em dia, só que na época não tinha vídeo-game nem computadores", mais ou menos. Vou separar alguns tópicos pra comparar com jogo eletrônicos, principalmente com os MMORPG, que de certa forma são os jogo que mais captam a essência de um RPG, ou pelo menos tentam. Claro que jogos como Skyrim e outros RPG's como os mais clássicos (Final Fantasy, Phantasy Star, Chrono Trigger, etc ...) são excelentes jogos que trazem um enredo lindo e diversas possibilidades e muita fantasia como um bom RPG de mesa, mas ficaria muito extenso comparar cada um deles com os RPG's de mesa.



ROTEIRO

    MMORPG's como World Of Warcraft costumam ter um roteiro/enredo muito amplo. Você cumpre diversas quest's, algumas fazendo referência ao antecessor do jogo, Warcraft III. O mundo parece recheado de infinitas possibilidades. No RPG, o rumo do jogo depende dos participantes da mesa. Cada jogador escreve a história de seu personagem, do jeito que ele bem entender. Cabe ao mestre pegar essas histórias para começar uma aventura que pode tomar diversos rumos, talvez leve horas e mais horas de jogo, várias sessões de RPG pra solucionar uma aventura que teve início na história de um dos jogadores, que por exemplo escreveu na sua história "quando theodore era apenas um garoto ele encontrou uma joia amaldiçoada e diversas pessoas o perseguem em busca da joia desde então. Tudo que theodore quer é destruir essa joia" a partir dai eles podem percorrer o mundo pra destruir essa joia e ainda tem a história de outros 2, 3, 4 ou 20 jogadores pra serem incluídas na campanha.

AÇÕES

     O que chama a atenção nos jogos de hoje em dia é o número de possibilidades de ações que você pode tomar dentro do jogo. Sempre me impressionei com aqueles MMORPG que você pode fazer seus equipamentos, pescar, voar, manufaturar diversos itens, etc... Ou um jogo como Skyrim e Fallout, que eu posso tomar o caminho que eu quiser, matando quem eu quiser e ajudando quem eu quiser. No RPG, não existe um limite pras suas ações a princípio, só a sua imaginação. O que vai limitar um pouco suas ações é o mestre e talvez o livro de regras. Porém é como eu sempre digo nas mesas que jogo com a EliteShaman "regra número um: nós decidimos o que é melhor pra gente se divertir", inclusive essa regra ta escrita no livro de regras, com palavras diferentes. Se o jogador quer arriscar jogar a faca na corrente do lustre pra ele esmagar o rei da cidade, por que não ? Se ele quer fazer uma pausa na busca pra aprender a cozinhar ou qualquer outra coisa, por que não ? Se ele quer se aliar aos vilões, por que não ? As possibilidades são infinitas, cabe aos integrantes da mesa decidirem o que é melhor pra diversão deles.

ITENS E EQUIPAMENTOS

     Mais uma coisa que a imaginação é o limite pro RPG. Claro que nos MMORPG você tem uma gama de equipamentos enorme. As vezes num mesmo nível você já trocou sua bota 40 vezes por botas com nomes e adicionais diferentes. E aquele monte de poção e pergaminho dando bônus em algum novo atributo que você dropa o tempo todo ou compra com o NPC. No RPG isso vai variar. Equipamentos com atributos especiais o mestre pode dar como recompensa por um combate difícil, mas geralmente os jogadores não vão trocar o tempo todo de equipamento. Mas a maior mágica do RPG é o que esses itens podem fazer a mais. Por exemplo, o mestre pode criar uma poção que o jogador pegou dentro de laboratório de um alquimista sinistro, que transforme o jogador num animal pequeno e ele pode adentrar os aposentos reais e descobrir com quem o rei está negociando. Ou um anel que quando o jogador utiliza ele pode acessar outros planos (o plano etéreo, o plano abissal, etc...) ou pode falar com animais e perguntar se eles viram algo suspeito. O limite é a imaginação.

INTERPRETAÇÃO

     Agora tocando no ponto mais importante do RPG. O que a interpretação traz a mais ? Pra mim, é o diferencial mor do RPG se comparado a outros jogos. Quando o jogo começa, você não pe mais você. Eu não sou mais o PorcoShaman, eu sou Thorhan Thunderhope e quero espalhar a fé em Moradin pelo mundo. Sou um anão materialista porém de bom coração, que não sabe negar ajuda a quem precisa, assim como não sabe negar uma boa caneca de cerveja.
     Você vai encontrar NPC's e você pode perguntar o que quiser e fazer o que quiser, claro que pensando nas consequências de suas ações. Sequestraram donzelas ? Dane-se eu quero ir na taverna e meter a porrada em geral. Ai você morre e tem que criar uma nova ficha, mas e daí, você se divertiu ? Seus amigos se divertiram ? Isso que importa. Nada melhor que você criar um personagem difícil de interpretar e você interpretar tão bem que seus parceiros aventureiros fiquem abismados com sua interpretação. Algumas vezes vai render risadas, mas o legal é todo mundo se divertir, todo mundo interpretar. Por exemplo, Prim o Gnomo bárbaro fanho, imaginem você tendo que falar em toda sessão com uma voz aguda de gnomo, ao mesmo tempo fanho, agressivo e pouco erudito como um bárbaro.




Imaginem, interpretem, divirtam-se !

Porco

     E aproveitando que ele fala de RPG, quero convidá-los a assistir nossas sessões de RPG. Onde o Frango será o mestre; Cavalo interpretará um anão guerreiro; Morcego interpretará um meio elfo ladino com tendências a pirataria; E eu, Porco, interpretarei um anão Clérigo de Moradin. Utilizaremos o sistema D&D 3.5 e o cenário será o de Forgotten Realms. Passaremos o horário mais precisamente em outro Post.

2 comentários:

  1. Só sei que Meio elfos ladinos com tendencias a pirataria são os mais Fornicadores de todo o Mundo :3 hasuhsauhasuh

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    1. Com toda certeza kkkk Assim como bardos que simulam doenças :)

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