quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O que é RPG?

     RPG é a sigla para Role-playing game, que significa "jogo de interpretação de papéis" em português. Ou seja, cada jogador vai interpretar um papel, como se fosse uma peça de teatro ou um filme. O jogador geralmente cria seu personagem com características bem definidas e a interpreta no decorrer de uma história que será contada em conjunto. Mas você não precisa ser um ator para jogar RPG, você só precisa estar disposto a pensar o que seu personagem faria para resolver os problemas que vão surgindo na história. As escolhas que cada jogador fizer em determinadas situações da história, irá mudar o rumo da história, ou seja, o jogador pode fazer o que ele quiser, desde que esteja em acordo com algo possível de acontecer naquela história.

     Numa mesa de RPG, geralmente, existem dois tipos de participantes: O Mestre (ou Narrador) e os Jogadores:

O Jogador


     Os jogadores são os participantes da mesa que vão interpretar um único personagem (isso pode mudar em alguns casos). Os jogadores são responsáveis por todas as ações de seus personagens, e ele deve interpretá-lo da maneira que ele achar conveniente. Como jogador, você tem que ter na cabeça que suas ações vão influenciar no andamento da história e que suas ações terão consequências, imediatas ou tardias. Embora o mestre tenha o domínio sob as regras e, de certa forma, o controle do mundo em volta da sua personagem, você como jogador irá interpretar um dos personagens centrais dessa história. Outra coisa importante para um jogador saber é respeitar as ações de outro jogador, bem como dar a devida atenção as ações de outro jogador. Lembre-se que vocês estão juntos naquela história, e é importante que cada um tenha seu "momento de brilhar" na história.




O Mestre ou O Narrador


     O mestre, ou também chamado de narrador, é o participante que vai organizar o mundo onde os personagens dos jogadores vivem e interagem. Ele vai interpretar as pessoas que interagem com os jogadores, descrever o que os jogadores estão vendo, o que eles estão sentindo, descrever a consequência das ações dos jogadores, jogar com os antagonistas do jogadores, ele interpretará e jogará com os inimigos durante as batalhas e principalmente, ele que vai aplicar as regras e deixar de aplicá-las quando ele achar conveniente. A principal tarefa do mestre é tornar o jogo divertido para todos os jogadores, garantir a diversão de todos, inclusive a dele mesmo.
     É muito importante que o mestre não imponha a sua história aos jogadores. O mestre deve propor uma situação, esperar a ação dos jogadores e reagir ao que os jogadores fazem. A história deve ser construída em conjunto. Não planeje tudo, por que os jogadores vão sempre fazer algo que você não esperava. Quando você planeja tudo e os jogadores não hajam de acordo, é normal que mestres iniciantes reprimam as ações dos jogadores para "seguir o roteiro". A essência é justamente essa: Não existe um roteiro. Você criará o problema inicial, a solução é com os jogadores.
     Ser o mestre é uma tarefa complicada! Mas é muito recompensador quando você mestra uma aventura e vê que todos os jogadores estão empolgados com aquilo que você está propondo. Para chegar a esse ponto, existem diversos pequenos detalhes que devem ser lapidados. Falarei mais sobre isso numa categoria chamada de postagens voltadas exclusivamente para isso.


Mas por que usamos regras e dados?

     O RPG, como já vimos, é um jogo onde uma história será contada em conjunto e cada jogador vai decidir como resolver determinadas situações que vão surgindo com o andar da história, logo, utilizamos as regras e os dados para determinar se ele foi bem sucedido realizando determinada situação ou não.
     Por exemplo, se você já brincou de polícia e ladrão na sua rua quando era pequeno e não tinha uma nerf e sim uma ripa de madeira que você dizia ser sua arma e disparava gritando "pow pow", sabe que o maior desafio da brincadeira era determinar se alguém já tinha sido atingido ou não. Chegava uma hora que ficavam duas crianças berrando a plenos pulmões "pow pow" uma de frente com a outra e nada de uma ceder que já fora atingida. No final das contas a brincadeira acabava com todo mundo gritando "Mas eu te acertei, você já morreu!".
     Por isso, usamos os dados e as regras. Na maioria dos sistemas, durante a criação do seu personagem você irá determinar o quão bom ele é em determinadas atividades. Dificilmente um sistema te permitirá ser com em tudo, assim como a vida real não te permite, logo você terá mais chances de sucesso em coisas que você é bom e menores chances nas tarefas que você é mediano/ruim. Esses valores somados aos valores aleatórios dos dados, podem te dar uma chance de sucesso inclusive em tarefas que você é ruim ou uma falha naquilo que você é bom. Mas uma vez, assim como na vida real. Claro que existem sistemas que não usam dados, mas utilizam outras maneiras de permitir aos jogadores realizarem suas ações, assim como, existem sistemas que permitem que o jogador naõ falhe, mesmo que o dado tenha confirmado uma falha. Mas, claro que existe um custo envolvido nesse sucesso.


Sistemas de Regras

     Existem livros com sistemas de regras para se jogar RPG. Você encontra desde sistemas com muitas regras que vão abranger todas as situações de forma diferente, até sistemas com regras mais leves o que não quer dizer que não abrangem todas situações. Nenhum desses critérios define se um sistema é melhor ou não. Não existe um sistema melhor ou pior. Na verdade existe: O melhor sistema de regras é aquele que diverte todos os participantes da mesa. Cabe única e exclusivamente ao seu grupo decidir se vão usar aquelas regras ou não. Se uma regra tá enchendo o saco, não use-a. Se todos concordarem que mal tem? Quanto os tipos de sistemas de regras temos:

     Sistemas de regras mais voltados para o andamento da narrativa. Esses sistemas são conhecidos como "Sistemas Narrativistas". As regras e detalhamento para combates são mais suaves. O foco desses sistemas é a interpretação de personagem e o andamento da história. Muito usados para jogos com teor mais político, jogos de intriga, investigação. O que não quer dizer que não funcione para jogos onde o pau vá quebrar com frequência.

Exemplos de "Sistemas Narrativistas": FATE, Dungeon World, etc ...




     


     
     Também existem os sistemas de regras mais voltados para o combate. Esses sistemas são conhecidos como "Sistemas Gamistas" (derivado da palavra inglesa "Game", que significa "jogo"). Geralmente esses sistemas possuem diversas tabelas de aprimoramento por nível, listas de magias e equipamentos extremamente detalhadas, lista de inimigos bem detalhada, e por aí vai. O importante aqui é definir tudo, principalmente os valores numéricos. Sistemas desse tipo tornam o combate, extremamente tático. Mais uma vez, isso não quer dizer que a interpretação e a história do jogo devem ou serão negligenciadas. Esses sistemas inclusive, mas especificamente falando do Savage World, possuem boas regras para incrementar a narrativa, como o uso de cartas, etc...

Exemplos de "Sistemas Gamistas": Dungeon&Dragons, Savage World, etc ...




     




     Na minha humilde opinião, nenhum sistema de regras é puramente um desses tipos (Narrativista ou Gamista), mas sim tende mais para um lado da balança. Cabe a você e seu grupo decidirem qual desses sistema atende melhor as necessidades de vocês.



O que eu preciso para jogar?

     O material necessário para cada sistema de regra varia. Mas no básico você vai precisar primeiro de um Livro de Regras, a versão física ou o PDF do livro. Você pode comprar nas lojas especializadas perto da sua casa ou o jeito mais fácil é ir na loja online das editoras de cada livro de regra e comprar lá. Depois você vai precisar de alguns jogadores e um mestre, se o sistema escolhido precisar de um (a maioria precisa). O mestre pode ser você. Geralmente o mestre é quem tem o livro ou o cara que conhece melhor o sistema, ou até, simplesmente o cara que é bem criativo. Não existe uma quantidade máxima de jogadores, nem uma mínima, na minha opinião. Acho que com um mestre e dois jogadores já é possível, bem como um único jogador e um mestre. O ideal seria um mestre e cinco jogadores, se for um clássico RPG de fantasia medieval.



     Se a mesa for online, vocês vão precisar de um programa para se comunicarem (TeamSpeak, Skype, etc...) e um programa que simule uma mesa de RPG, como o site Roll20. Nesse site você pode rolar dados de todo número de lados, pode enviar fotos pros jogadores, usar mapas e miniaturas, e quase tudo que você poderia fazer numa mesa presencial. Existem poucas limitações para usuários gratuitos, mas os recursos dos usuários premium são muito úteis, bem como o acesso a novos mapas e miniaturas. Existe um programa para se comunicar no próprio Roll20, mas não acho eficiente.



     Se a mesa for presencial, vocês vão precisar no mínimo de muito papel, lápis, borrachas e dados de diferente números de lados. O ideal é comprar um kit de dados, que vem com um dado de cada, de 4 a 20 lados. Mas dependendo do sistema de regras, o número de dados de cada tipo necessário vai mudar, então fique atendo aos materiais necessários no inicio do livro. Sistemas como FATE usam um tipo diferente de dado que pode ser adquirido na página da loja da editora. Outra coisa que é opcional mas ajuda muito são os mapas e as miniaturas. Alguns sistemas como o D&D utilizam muito desse recurso. Você pode fazer um mapa com com cartolina, caneta e régua ou comprar um já pronto, só fique atento as medidas também especificadas no livro de regra geralmente.




     Qual a melhor forma de jogar? Com certeza é a forma que você puder jogar. Não faz sentido não querer jogar online por que odeia jogar online mas nunca conseguir jogar presencial por falta de tempo. Comigo, se dá pra jogar online ou presencial eu to jogando. Mas, gosto muito de jogar presencial por causa do "ritual": reunir os amigos, comer aquele lanche enquanto joga, todo mundo inclinado sob a mesa enquanto o dado termina de rolar, a gritaria e aplausos quando sai aquele dano crítico maroto, as risadas e o lamento daquela falha crítica triste, etc...

Considerações finais

     Espero ter esclarecido para quem não conhecia o que é esse jogo fabuloso. Atualmente a série "Stranger Things" retratou uma partida de RPG entre os protagonista e isso é muito bom por que atiçou a curiosidade de algumas pessoas ou até despertou a nostalgia em quem estava muito afastado do hobby. E me lembro que a um tempo atrás o RPG foi muito difamado com histórias de jogadores matando uns aos outros ou histórias que relacionavam o RPG a práticas de ocultismo e toda essa merda. Tudo muito ruim e uma besteira total da mídia e das pessoas que compartilham qualquer boato besta de coisas de elas não conhecem. 
     O RPG é um jogo que incentiva a criatividade, a comunicação, a amizade, a leitura e minimamente (dependendo do sistema) a matemática. Já vi jogador que não curte matemática, mas que na hora de criar o personagem usa duas folhas de rascunho para contar os pontos e combar o personagem da melhor forma possível. Dependendo da abordagem da aventura de RPG, a aventura pode se tornar uma diversão extremamente educativa. Já existem vários exemplos por aí, e você pode encontrá-los pesquisando só um pouquinho no google. Por exemplo, incentivo a conservação da natureza como no cenário UEPA para FATE. Eu mesmo, melhorei muito meu hábito de leitura desde que comecei a jogar RPG, pois estou sempre querendo ler mais e mais, para descrever melhor e para ter mais ideias para mestrar. E de bônus tive acesso a histórias magníficas que o cinema ainda não contou, ou até a histórias na qual o cinema se inspirou.

     Grande abraço e obrigado pela atenção! Deixe seus comentários ai se tiver alguma dúvida ou se quiser contar sua experiência com RPG. Num futuro próximo pretendo fazer postagens falando dos sistemas que conheço e contando minhas experiências com cada um deles em mesas que joguei. E não se esqueça de se inscrever na nossa mesa caso queira jogar com a gente. Vamos fazer de tudo para jogar com cada um que se inscrever, seja para mestrar ou para ser jogador.

Porco

terça-feira, 11 de outubro de 2016

RPG Shaman

Fala galera xD


     Morcego Shaman aqui!! Quanto tempo galera!! Sumimos durante um tempo por motivos pessoais. Mas a verdade mesmo é que voltamos, e voltamos com um novo projeto que está com o nome provisório de "RPG Shaman". Me desculpe pelo nome, mas é que eu particularmente estou ansioso e tive a ideia essa semana. Para quem não faz ideia do que é RPG, basta ler nossa postagem "O que é RPG?"

     Detalhadamente irei explicar do que se trata o RPG Shaman:


     - Jogaremos todos os finais de semana partidas de RPG no site Roll20 ( https://roll20.net/ ).
     - As partidas irão iniciar as 23:30 das sextas feiras e 23:30 dos sábados, sem horário de termino.
    - Todo mês o estilo do jogo mudará, ou até que a aventura acabe. De preferência pretendemos mudar o sistema e a aventura mensalmente. Inicialmente será D&D 5.0* nos meses outubro e novembro, mas isso pode mudar se for de consenso de todos da mesa.
     - Você pode se inscrever como jogador ou mestre.

*Por que o D&D? Acreditamos que a maioria das pessoas já estão acostumadas com o D&D. O D&D é um sistema fácil e com muitas coisas já definidas em tabelas, tornando o sistema menos subjetivo para jogadores que tem dificuldade com subjetividades.

Jogadores

- As fichas serão montadas em conjunto com o mestre da aventura na qual você irá participar. Até por que, o mestre tem que definir com os jogadores sobre o que será aquela aventura, para dar um norte para a criação de personagens.

- Apresentar uma historia para seu personagem, de preferência trazer já pronta para a primeira sessão de jogo. Essa história poderá ser definida no dia da montagem da ficha. Lembre-se que sua história pode ajudar muito o mestre na construção da aventura, então vamos caprichar. Inspire-se em livros e filmes que você conhece.

- Você não precisa conhecer o sistema para ser jogador, só tem que estar disposto a aprender. Faremos postagens sobre os sistemas que conhecemos para ajudar a situar cada jogador no sistema, mas a melhor forma de aprender é jogando.

Mestres

- Apresentar uma sinopse da historia que pretende mestrar ou informar aos jogadores que tipo de cenário você pretende mestrar (fantasia medieval, steampunk, cyberpunk, etc...).

- Todo tipo de sistema e cenário é bem vindo. Homenagens a histórias já existente são permitidas, como por exemplo, se você quiser mestrar a jornada dos anões e de Bilbo Bolseiro.

     O nosso objetivo aqui na Elite Shaman é reunir pessoas que gostam de jogar RPG e até quem nunca jogou, a poder jogar e viver esse mundo de aventura conosco. Queremos introduzir as pessoas no mundo do RPG.

     Não seria bom se um dia você estiver sozinho, cansado e deprimido de tanto feedar no League of Legends, daí você entra num blog e descobre que pode jogar RPG com pessoas que você nunca viu e com novas experiências de vida? Acho isso emocionante e quero tornar isso possível. Não conseguirei sozinho. Peço a todos os que participem que divulguem aos amigos e a todos para mostrar que a nossa Elite não é apenas um blog, e sim uma nova Família que está nascendo.
     Obrigado a todos!

Sistemas que nós do EliteShaman estamos acostumados: Dungeon&Dragons, Storyteller, FATE Básico e Acelerado, Savage World.

Inscrição 

     Para se inscrever no RPG Shaman, clique no link ao abaixo e preencha o formulário:


     Entraremos em contato, tenha certeza e não deixe de nos acompanhar!!

quarta-feira, 16 de março de 2016

Shaman's cast 4 - Saudades da Escola


     Quem não tem saudades da escola? Das brincadeiras? Dos bullyings? Sem responsabilidades! E o melhor... Aquelas pessoas que amamos platonicamente e onde demos primeiros passos para atitudes que só evoluem ao decorrer da vida. Ouçam agora com o Morcego Shaman, Macaco Shaman, Porco Shaman, Cavalo Shaman e nosso convidado ProBR.

Canal do ProBR -> AQUI

sábado, 13 de fevereiro de 2016

HQs como incentivo ao aprendizado

     E aí pessoal! Aqui é seu amigo do bairro, Porco-Aranha! Voltei com mais uma postagem, como sempre, sobre HQs. Mas dessa vez quero abordar uma visão mais "didática" pras histórias em quadrinhos. Não vou me aprofundar em história em quadrinhos nessa postagem, minha ideia é abordar o que eu acho do uso de histórias em quadrinhos em salas de aula. Lembrando que não sou professor formado, nem curso nada diretamente relacionado as áreas que irei abordar aqui. Sou estudante do curso de ciências biológicas, atualmente cursando o bacharelado de zoologia. O que vou falar nesse post já é muito abordado em livros e artigos, porém quero dar minha opinião como leigo.

    Pra começar a falar sobre HQs em sala de aula, gostaria de comparar com meu ensino fundamental e médio. Pelo que lembro foi um ensino normal: Professor, quadro e giz/pilot. Não estou dizendo que foi ruim, foi simplesmente normal. Aprendi muito com meus professores, tive professores memoráveis. Mas sempre tinha umas horas de tédio ao longo da semana, ainda mais com aquelas disciplinas nas quais eu não me identificava. Só que tinha uma coisa que me despertava o interesse - e me desperta o interesse até hoje- nas matérias que eu não achava importante pra carreira que eu tinha escolhido (biólogo): Histórias em quadrinho, filmes, livros e jogos. Por exemplo, Assassin's Creed (jogo/livro) despertou muitas pessoas que eu conheço a estudar mais história. Tudo bem que nem todas essas pessoas sentaram com um livro de história e leram do início ao fim, mas pelo menos elas passam a associar parte da disciplina, ao jogo. Unindo o útil ao agradável, de certa forma.
     Nós seres humanos somos muito visuais, por isso somos atraídos por imagens (jogos, filmes e desenhos) e ao mesmo tempo temos um desejo de associar as coisas, já que o aprendizado se dá por associações. Por isso acredito que, de certa forma, esses meios de entretenimento podem auxiliar no aprendizado.

     Agora puxando o saco das HQs: Histórias em quadrinho são um prato cheio pro aprendizado. Obviamente existem quadrinhos voltados pra educação -quadrinhos educativos, por exemplo - mas, é possível aprender com quadrinhos de heróis como os da DC, Marvel, Dark Horse, Image, etc...
     Eu particularmente passei a me interessar por filosofia com algumas HQs. Filosofia é algo muito presente em diversas HQs. Por exemplo, aposto que você já escutou essa frase clássica durante suas aulas de história - durante as aulas de Iluminismo se não me engano - ou filosofia ou sociologia:

"O homem nasce bom por natureza, mas a sociedade o corrompe." - Rousseau

     Uns concordam, outros discordam. Mas a questão aqui não é essa, a questão é: Como tornar esses ensinamentos mais chamativos na sala de aula. Eu conheço algumas HQs com exemplos disso, a mais marcante pra mim: Hellboy. O filho de um demônio, o herdeiro do trono do inferno, evocado pra trazer o apocalipse a terra. Hellboy tinha tudo pra ser um vilão, mas foi criado por um professor que lhe deu amor e carinho. Com isso, Hellboy o herdeiro do trono do inferno, tornou-se um herói que protege as pessoas de demônios, católico praticante e adora gatinhos. Tudo que ele quer é que as pessoas o aceitem pelo que ele é, não o que aparenta ser - entrando também numa questão social a ser abordada: o preconceito. Claro que ninguém vai se tornar um filósofo ou sociólogo só por que leu Hellboy, mas pode ser um incentivo - como foi pra mim -  pra ler mais sobre o assunto.

     Outro modo de utilizar as HQs seria propor exercícios voltados ao universo dos quadrinhos. Discutir conceitos físico-químicos com base nos poderes de um herói: Exercícios de força elástica envolvendo o Homem-Elástico ou o Sr. Fantástico; Termologia e calorimetria envolvendo o Tocha Humana; Arremesso de projéteis com Batman e seus Batrang; Eletricidade e eletromagnetismo com super choque. Na biologia, poderiam ser citados exemplo de X-men na genética - como funcionaria o gene x em heredogramas criados a partir dos personagens da HQ; Fazer os alunos compararem os poderes de heróis com as capacidades de animais existentes; As consequências do uso de veneno - anabolizantes - pelo personagem Bane - vilão do Batman; etc...



     Seria muito interessante a utilização das diversas formas de entretenimento para a divulgação científica e pra incentivar o aprendizado. Seja utilizando o que já existe - como foi citado ao longo do texto - ou criando novas HQs, jogos e filmes voltados pro aprendizado. Obviamente, sempre tendo em mente a importância de tornar o conteúdo agradável e informativo ao mesmo tempo. É importante pensar nesses meios como um incentivo a busca por conhecimento.

Obrigado pela atenção! Deixe seu comentário ai pra podermos discutir melhor o assunto!
Porco

sábado, 23 de janeiro de 2016

PocilgaDoPorco#5: Injustiça: Deuses Entre Nós



Título: Injustiça: Deuses Entre Nós
Nas bancas: Abril de 2014 - Em circulação (Atualmente no Volume 4)
Preço de capa: R$ 22,90

     Uma das primeiras HQ's que comprei pra iniciar minha coleção. Nunca tinha jogado o jogo e na verdade nunca joguei até hoje. Me surpreendi muito com a história e a quantidade de combates entre os heróis. Team Batman x Team Superman, incrível. Não existem mais heróis e vilões, só o lado do Batman e o do Superman.
     A primeira coisa que você tem que por na cabeça é que Injustiça não está ligada a cronologia da DC Comics, logo quem morrer na HQ não significa que morreu nas histórias principais da DC. Ou seja, o quebra pau e a matança está liberado.
     Tudo começa quando o homem de aço (Superman) comete seu primeiro assassinato. O Coringa monta um plano que leva a destruição de metrópolis, levando a morte de toda população de metrópolis (quase toda hehe) e consequentemente a morte de Louis Lane e do filho do homem de aço. O Homem de aço entra num estado de fúria terrível e mata o Coringa na frente do Batman. O Batman não concorda com isso, o Superman diz que se o Morcego tivesse matado o Coringa antes ao invés de ficar prendendo ele no Arkham (de onde ele fugia semanalmente) nada disso teria acontecido.
     Então começa o enredo, alguns heróis concordam com a política de não matança de vilões do Batman outros concordam com a do Superman. Aos poucos o Superman começa a intervir em guerras e outros conflitos humanos, outra coisa que o Batman discorda. A partir dai começa uma batalha terrível, aliança loucas são formadas. Alguns vilões se unem ao Superman e outros ao Batman. Basicamente não existem mais heróis e vilões.
     Vale muito a pena comprar, cada Volume é uma surpresa (Não sei se é pra quem já jogou). Mortes de personagens importantes, viradas de jogo incríveis. Gostei muito do destaque que os Lanternas ganham em Injustiça. Sensacional ver o Superman malvadão, sem pena de ninguém. Um verdadeiro Deus entre nós.







 Porco

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Feliz Natal!!


     Olá pessoal! Aqui é o Morcego e estou aqui nesse dia de natal pra primeiramente desejar a todos um Feliz Natal lembrando que  hoje para uns é comemoração do nascimento do menino Ney... digo.. Jesus e para outras pessoas é uma comemoração mesmo só para reunir a família!
     Então contarei como geralmente é meu natal!
     Eu, um rapaz que mora na baixada fluminense, no Rio de Janeiro, e meus pais decidem passar o natal na casa dos meus avós paternos, até ai nada demais. Meus avós moram num lugar chamado SARACURUNA, próximo a hogwarts e ao inferno! Calor infernal e meus avós são podres de ricos mas não gastam nada para a família, todo ano eu ganho sempre cuecas do tamanho G (Quem dera eu usasse :'( ) 
     Calor infernal, sem televisão, internet discada e como sobreviver? Por sorte todo natal temos que inventar um jogo de cartas diferente para descontrair, senão eu usaria a técnica lendária do Sepukku, que é uma arte dos guerreiros de se suicidarem usando um punhal.
     Pelo menos não tenho o lendário "Tio chato" mas não consigo fugir das passas. Sempre brigo com o Morcego Lorde (Meu pai) por motivos de discussões, afinal ambos temos PREPARO.
     Mas um dia desejo ter um natal animado =] um natal mais fresco, com pessoas dançando e se divertindo e sem porradas alheias husauasuhsauh 
     Desejo a todos novamente um feliz natal em nome de todos da Elite =D
     Obrigado pela atenção
     Bjunda!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

ShamansNoCinema: No Coração do Mar

     E aí pessoal aqui é o Porco! Fui ao cinema recentemente pra assistir ao filme "Perdido em Marte", mas o horário informado pelo site do cinema estava errado e a última sessão já tinha começado, então resolvi assistir "No Coração do Mar" pra não perder a viagem. Me surpreendi e não me arrependo de ter ido ver outro filme. 


     Pra quem não faz ideia sobre o que é o filme, o filme é baseado no livro "No Coração do Mar" do historiador Nathaniel Philbrick e no romance de Herman Melvile, Moby Dick. A questão principal é que você não precisa ter nenhum conhecimento prévio dos livros pra curtir o filme.
     O filme começa com o escritor Herman Melvile tentando entrevistar um homem que supostamente sobreviveu ao ataque da Moby Dick. Depois de muita insistência ele consegue que o homem conte sua história. A partir desse ponto o filme volta no tempo, na época que o homem embarcava no navio baleeiro Essex em busca de óleo de baleia, que era o que movia a economia na época. O interessante é que o livro é uma história baseada no naufrágio do navio Essex - história que Herman Melvile escutou de um dos sobreviventes - enquanto "No Coração do Mar" (filme) é baseado no momento em que Herman Melvile escutava a história do sobrevivente - a história do naufrágio do Essex, como é contado em "No Coração do Mar" de Nathaniel Phillbrick.
     A sobrevivência dos tripulantes do Essex é retratada de maneira bem dramática ao ponto de você sentir pelo que eles passaram. Moby Dick em si, aparece em poucas partes do filme, porém os estragos que ela causa e a maneira que eles são obrigados a continuar sua viagem, é o que torna o filme excelente.
     O filme é dirigido por Ron Howard de "Código da Vinci", "Anjos e Demônios" e "Rush". Dentre o elenco do filme, estão Chris Hemsworth (Thor dos "Vingadores"), Cilian Murphy (Espantalho em "Batman Begins") e Tom Holland tendo um papel principal junto ao Chris Hemsworth. Os personagens foram muito bem interpretados e bem caracterizados. As cenas de tempestades e o ataque de Moby Dick são muito bem feitas, com animações realistas o suficiente.
     Vale muito a pena assistir ao filme. Uma história de sobrevivência e uma lição de moral excelente. Pra quem já leu o livro "Moby Dick", os produtores deixaram uma referências no final.

Obrigado pela atenção, deixem seus comentários!

Porco

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

PocilgaDoPorco#Especial: Batman Asilo Arkham

Título: Batman Asilo Arkham - Uma séria casa num sério mundo.
Nas bancas: Dezembro de 1990, com alguns relançamentos vez ou outra

     Escrita por Grant Morrison e ilustrada por Dave McKean, essa história de 25 anos de idade - mais velha que eu (Porco) - é a minha preferida dentre as histórias do Batman. Ganhei essa HQ da minha namorada, de presente de aniversário. Primeira coisa que notei era a arte dessa HQ, bem diferente de tudo que já tinha visto na época. Uma arte que lembra pinturas de aquarela, em algumas páginas tem até fotografias ou ás vezes só grafite ou só lápis de cor. A formatação dos quadrinhos em algumas páginas é toda embaralhada ou em posições nada comuns, com uma imagem no fundo, por trás dos quadrinhos. Poupando detalhes em alguns quadrinhos e exagerando em outros. A arte se une ao roteiro de tal forma que você se sente num asilo, você enlouquece absorvendo aquela história.
     Posso ter exagerado na descrição da arte da HQ, mas estou descrevendo baseado nas sensações que tive a primeira vez que li essa história. Tudo começa com o comissário Gordon avisando ao Batman que o Coringa está tocando o terror no Arkham e ele quer que o Batman entre lá, caso contrário ele iria ferir inocentes dentro do asilo. O Batman entra e faz o jogo do Coringa. Dentro do Asilo o Batman é tratado como se fosse um interno do Asilo e é apresentado aos pacientes - personagens conhecidos como Harvey Dent, Crocodilo, etc...- e aos seus atuais estados após os tratamentos no Asilo. Em resumo, o Batman faz um tour pela loucura que é o Asilo Arkham. Todo esse tour vez ou outra é interrompido com partes da história do fundado do asilo, Amadeus Arkham. São duas histórias em uma e que no final elas se juntam de uma maneira fantástica. Tudo isso com citações de Lewis Carroll - escritor de Alice no País das Maravilhas - pra reforçar o clima de insanidade.
     Não existem grandiosas cenas de combate em Asilo Arkham, a questão é mais psicológica. Mostrar o quão louco é o próprio Batman. Em alguns momentos ele chega a se questionar sobre sua sanidade, sobre o que é sanidade. A história de Amadeus Arkham é de arrepiar.
     Não penso duas vezes em dizer que pra mim essa é a melhor história do Batman. Não desmerecendo as outras grandes história do Batman - como o Cavalheiro das Trevas e A Piada Mortal - já que sou muito fã de todas elas, mas Asilo Arkham toca num ponto importante do universo do Batman, que é a loucura, a insanidade, presente nos vilões e até mesmo no Homem Morcego.
     Por hoje é só pessoal, poderia ficar o dia todo falando sobre essa excelente obra, mas aí eu torraria a paciência de vocês e ninguém leria um texto gigante. Deixem seus comentário pra podermos discutir a respeito desta obra-prima :)



"Uma séria casa num sério mundo."

Porco

Apresentação e diferenças entre Magic, HeathStone e Yu-Gi-Oh!

Olá galerinha, eu sou o Lobo Shaman, novo para variar. Bom, meu intuito aqui é o mesmo dos demais, dar a vocês novidades e curiosidades sobre diversas coisas, porém, hoje, vou falar sobre jogos, especificamente de cartas. Me deram a ideia de falar sobre os jogos de cards mais jogados, como Magic, HearthStone e Yu-Gi-Oh!

Todos esses jogos tem o seu tipo de jogabilidade, táticas, enfim, uma porção de métodos, por isso, nenhum desses jogos é ruim, afinal, cada um tem o seu gosto. Sem mais delongas, vamos lá.

Vou comentar algumas diferenças entre esses três joguinhos de cards excelente.

1° diferença: Invocação.


Então, esses jogos são bem diferentes nesse tipo de ação. Cada invocação tem o seu custo. No Magic, você precisa de mana para invocar suas criaturas, mágicas, etc. A cada turno você tem a opção de descer uma mana, claro que se o card for 0 (zero) de mana você não vai precisar de nenhuma. 




Já no HearthStone é de um outro método que é o "cristal de mana". Diferente do Magic, o jogo não te dar como opção escolher ter mais um cristal de mana ou não, ele simplesmente lhe dá um cristal de mana a cada turno, você querendo usá-lo ou não. Com isso, você pode invocar suas cartas. 




No Yu-Gi-Oh até 4 estrelas pode ser baixada a carta na sua rodada, 5 ou 6 estrelas pode ser baixada sacrificando 1 monstros de tributo, 7 ou 8 estrelas pode ser baixada sacrificando 2 monstros de tributo, 9 a 12 estrelas pode ser baixada sacrificando 3 monstros de tributo; algumas cartas não obedecem a essa regra por causa de efeitos ou cartas mágicas e armadilhas.





2° Diferença: Campo de batalha.

No Magic o campo de batalha é divido entre manas, criaturas, artefatos e equipamentos, emblemas, cemitério e o deck em seu determinado lugar. As criaturas ficam nas frentes. As manas se posicionam atrás. Os artefatos e equipamentos ficam posicionados na lateral do campo de batalha, assim como o emblema. O deck e o cemitério ficam literalmente juntos, o deck de um lado e o cemitério logo do outro.




No H.S não à muito o que dizer, afinal, só as criaturas ficam em campo.




No Yu-Gi-Oh o campo de batalha deve ser equipado e dividido em 2 partes. (Geralmente a parte de baixo e para o uso de Trap Cards e Magic Cards.).

Quando um monstro e lançado na superfície de campo de uma Magia ou Trap Cards, ele é automaticamente destruído, e acontece o mesmo se uma Carta de Magia for lançada no campo de monstros.

No máximo você apenas pode ativar 5 monstros, e 5 Magic Cards ou Trap Cards, o sexto monstro ou trap, magic card, que será lançado em campo, será automaticamente voltado a mão do seu dono.

Field é o espaço onde se ativa cartas mágicas que mudam o terreno do jogo, que inicialmente é neutro.

Graveyard(cemitério)é onde são enviadas as cartas já destruídas.

Os cards devem ser colocados face para cima e alguns efeitos de monstro e cartas magicas e armadilhas podem retirar cards do cemitério. Isso significa que de acordo com o efeito descrito, o card pode voltar ao tabuleiro ou para sua mão, ser retirado de jogo(ser retirado é remover deste campo o card, e este não pode mais ser utilizado no duelo corrente).

Fusion é o espaço onde deve ser colocado os monstros de fusão que você optou por ter em seu deck.Como estes cards não contam para a montagem do deck, ganham em separado um espaço no tabuleiro. Quando uma fusão é feita, seleciona-se o monstro destes cards que estão no tabuleiro.

Deck é o espaço onde coloca-se seu baralho com a face para baixo. Você só pode ver os cards antes de compra-los, ou seja, tirar um card do deck ou vira-lo para cima se efeitos de cards permitirem isso.




3° Diferença: Quantidade de cards iniciais.

O magic inicia-se com sete card na mão. Tendo o máximo em mão a mesma quantidade inicial.





O H.S inicia-se com 4 e o jogador que não começa ganhar um card extra com 0 custo e que ao jogado gera um cristal de mana. 10 como o máximo de cartas na mão.





O Yu-Gi-Oh sempre comece com 5 cartas e o máximo deve ser 7 em sua mão.




(Obs: Eu não sei nada sobre Yu-Gi-Oh, quero agradecer ao Gambá Shaman que me ajudou a escrever essa parte).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

PocilgaDoPorco#4: Fim Dos Tempos (DC Comics)

Título: Fim dos Tempos
Nas bancas: Abril de 2015 - Em circulação (Atualmente no volume 7)
Preço de capa: R$ 11,90
   Sou suspeito pra falar dos quadrinhos da DC, mas imagina: Fim da humanidade, viagem no tempo, Batman, diversos personagens do universo DC (incluindo é claro, o Batman, pra enfatizar). Apenas um desses já seria o suficiente pra criar um boa história, porém essa série junta tudo isso e com muita classe. A história começa no futuro com a humanidade quase que completamente devastada, um dos personagens volta no tempo pra evitar que toda essa tragédia aconteça, porém ele chega atrasado pra alguns eventos importantes. A história muda do futuro pro passado o tempo todo, explicando muitas pontas soltas na trama. É bom ficar atento em que tempo aquela parte da leitura está se passando, se não você pode se perder. Ao longo dos volumes, diversos personagens da DC participam da história, alguns com maior importância, outros com menor importância. A história traz alguns personagens pouco populares e traz papéis "importantes" pra muitos deles. Alguns desses personagens se mostraram extremamente importantes dando um salto na história de um volume pro outro.
   Quem viaja no tempo ? Por onde começar o plano de salvação ? Mesmo atrasado, ele chegou a tempo de impedir a grande tragédia ? Surge um Superman mascarado, por que o Superman usaria uma máscara ? A Liga da Justiça esconde um segredo do povo, qual será esse segredo ? Lois Lane recebe uma caixa com 3 pistas, mas pistas sobre o que ? Um herói morre, será que morreu mesmo ? Onde está o Nuclear ? Constantine está a procura de um homem que é o único capaz de lidar com o que está por vim, quem é esse homem ? Um dono de bar com exímias habilidades de combate, onde ele aprendeu isso ? Atacaram a nave dos StormWatch, quem e por que ? Será que só temos um viajante temporal ?
   Enfim a trama é MUITO vasta e engloba muitos personagens do universo DC. Fora edições especiais que tratam exclusivamente de arcos voltados a heróis específicos e suas participações no Fim Dos Tempos: Batman, A Sombra do Batman, Arqueiro Verde, Liga da Justiça, Superman, Constantine, Universo DC.
   Vale muito apena ter, pelo menos até o volume atual (volume 7) a história é extremamente envolvente e com viradas sensacionais. Achei muito legal a participação de Constantine até agora. Das edições especiais você não precisa ter todas, tenho algumas delas e sinceramente só gostei muito da edição do Batman e do Arqueiro Verde, a da Liga da Justiça não achei muito legal. E são caras, 20 reais cada, mas o arco do Batman na Fim Dos Tempos: Batman, no qual ele invade uma instalação do Lex Luthor e um holograma do Lex Luthor interpreta quem ele está enfrentando de acordo que seu alvo (nesse caso, o Batman) supera os obstáculos. Valeu o preço da revista todo esse único arco, já que os outros arcos não são muito atrativos. Enfim, falarei sobre as edições especiais de Fim dos Tempos em outra postagem.


 

Porco